30.11.08

Frutos da falta do que fazer

Pois então, estava eu aqui (oh, jura?), entediada, sem fazer nada e resolvi fazer aqueles testes idiotas da internet, sabe? Sabe sim, todo mundo já fez e não tem como negar. E, cara, fiquei chocada... Se eu fosse um gênio louco, eu seria Salvador Dalí! Se eu tivesse esse nome, eu certamente trocaria, por causa dos trocadilhos estúpidos que eu ouviria. o.o
Mas não importa, eu seria um gênio mesmo. -dá de ombros-
Segue a prova da falta do que fazer:



E termino por aqui, foi só pra não passar em branco.



"Maybe then I'll fade away and not have to face the facts. It's not easy facin' up when your whole world is black" - Rolling Stones

23.11.08

FUDEST 2009


Hoje foi um dia deveras engraçado, apesar de eu ter me estressado em algumas partes dele. Minha amiga, Priscila, é muito esperta.
"Yara, 11:30 nas catracas do metrô Consolação". Combinado.
Cheguei 5 minutos antes do combinado. Enquanto o Lobão gritava "vida, vida vida vida bandida" no meu ouvido, eu ficava olhando o relógio. 11:40, 11:50, 12:00. A única coisa que me passava pela cabeça era: "Se ela não chegar em 10 minutos, meus lamentos, eu não quero perder minha prova". Recebi uma mensagem de texto no celular. Era a criatura dizendo que estava na saída da Haddock Lobo. Dã. Combinamos nas catracas. Aliás, ela combinou comigo nas catracas. Tá.
Chegamos na frente do colégio onde fizemos a prova. Todo mundo sentado, lendo. Nos sentimos como peixes fora d'água. A única coisa que eu queria era que aquele pesadelo acabasse. Subimos as escadas, nos separamos e desejamos boa prova uma à outra. Cheguei na sala, o tio me falou onde eu deveria me sentar e lá fiquei. Ele entregou as provas e a hora tão esperada estava acontecendo. Respondi o que eu sabia, gabaritei o resto. E seja o que Deus quiser.



"Não saco nada de física, literatura ou gramática, só gosto de educação sexual e eu odeio química" - Legião Urbana

6.11.08

O Pacto

Ele chega atrasado. Ela estava impaciente.
- Desculpa a demora, sabe como é o trânsito.
- Pedir desculpas é fácil. Mas, vamos, o que você quer me dizer?
- É complicado de explicar assim, na lata. Quer tomar algo?
- Uma água.
Ele chama o garçom, pede a água para ela e um uísque para ele, com três pedras de gelo.
- Como eu ia dizendo, é tudo tão complicado de explicar. Nem eu sei ao certo o que quero te dizer.
- Devia ter pensado nisso antes de me chamar.
- Não importa, acho que você nunca mais vai querer ver a minha cara depois disso.
- Você é uma pessoa que eu estimo pra caralho, por maior que seja o seu erro, se você mostrar arrependimento, eu te perdôo.
- Esse é o problema.
- Hm.
O garçom chega, coloca as bebidas sutilmente sobre a mesa. Ela começa a ficar nervosa, abre a bolsa e pega seu maço de cigarros.
- Tem isqueiro?
Ele retira o isqueiro do bolso de sua calça e acende o cigarro dela.
- Obrigada. Tem cinzeiro?
Curiosamente, o garçom pega o cinzeiro de um bolso de seu avental e vai embora, calado. Talvez tenha percebido que não era bem vindo ali. Eles retomam o assunto:
- Então, como eu ia dizendo...
- Como você ia dizendo...
Ele dá o primeiro gole em seu uísque e mexe em seus cabelos num movimento quase imperceptível.
- O problema é esse, do arrependimento.
- Então quer dizer que você fez algo que vai me deixar com raiva de você e não se arrepende?
- Não, eu me arrependo. Mas talvez você se arrependa de ter passado esses anos comigo.
- É algum problema com seus filhos?
- Não.
- Com sua esposa?
- Não.
- Sua mãe?
- Não. E não adianta ficar tentando, acho que isso nunca vai passar pela sua cabeça.
Ela termina de fumar o cigarro, toma um gole de água e aparenta calma. Fica encarando-o por alguns longos segundos, tentando ler o que se passa em sua mente.
- Agora que já fez a burrada, assume. Não adianta ficar me enrolando.
- Você poderia ser mais compreensiva.
- Mais?
- Mais.
- Você quer o quê?
- Compreensão.
- Mas você mesmo disse que o seu erro foi grave. Eu tentei te dar uma chance, mas você parece não querer. E outra, eu sempre tive que esconder você de todo mundo por causa dessa sua aliança no dedo.
- Mas nós temos um pacto.
- É, o pacto, não precisa me lembrar.
- Só quis reforçar.
- Mas, me conta, o que aconteceu?
- Tive mais uma daquelas crises. Aliás, tô passando por ela. Tudo parece dar errado, acho que Deus esqueceu que eu existo.
- Não fala assim.
- Eu falo assim, sim. Porra, acontece tudo que eu não quero.
- Você tem uma família linda, um emprego legal...
Ele a interrompe:
- Mas isso não garante uma vida feliz.
Dá uma risada de desespero e também acende um cigarro.
- Eu não te entendo.
- Não pedi pra você me entender.
- Quem tava pedindo compreensão?
Ele acaba com o uísque que estava em seu copo. Olha para cima, fingindo não pensar. Não sabia como falar. A voz parecia não sair. Num impulso mal pensado, olhou para os olhos dela:
- Sabe o pacto?
- Sei.
- Eu quebrei.
Ela levanta, pega uma nota de cinco reais, coloca em cima da mesa e sai andando em direção à porta. No meio do caminho, vira-se para e ele e diz:
- Não me procura... Nunca mais.
Ele encosta sua face quente na mesa fria do bar e uma lágrima quente cai de seu frio olho esquerdo. Diz, baixinho, para o copo dela que está com seu lábio inferior desenhado de uma cor meio avermelhada:
- Eu te amo.



"Hey, you've got to hide your love away" - The Beatles

5.11.08

Let me take you down...

Tenho três coisas a dizer para três pessoas diferentes:

Pessoa #1: Eu ainda te amo, como sempre;
Pessoa #2: Eu te odeio;
Pessoa #3: Eu estarei sempre aqui para você.



"Porque quem ama nunca sabe o que ama nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar." - O guardador de rebanhos, Alberto Caeiro

2.11.08

Família, ê, família, ah...

Gostaria de ter todas as respostas para todas as perguntas. Acho tão desconcertante quando alguma pessoa extremamente importante para mim pergunta algo no naipe de "o que eu faço agora?" e eu não saber ou não poder ou não querer responder, porque talvez eu pareceria rude, insensível ou qualquer coisa assim. Ao longo dos (poucos) anos, fui aprendendo que nem tudo pode ser pensado juntamente com a emoção, algumas coisas pedem a frieza para ter solução. Como se fosse uma equação. Você tem duas variáveis sendo as possíveis soluções e os números inteiros como as partes fixas, imóveis, imutáveis. Assim, você analisa, faz os cálculos, vê quem vai se machucar menos, quem vai se machucar mais e chega a sua conclusão.
Não sou uma pessoa fria, apenas trato certas coisas com um bocado de frieza para não me envolver sentimentalmente e me abalar como me abalei em certas ocasiões.
E não queria ver a pessoa que eu mais amo nesse mundo chorando sendo que eu sou completamente impotente nessa situação. A única coisa que posso fazer é abraçá-la e dizer "tudo vai acabar bem", mesmo não tendo tanta certeza disso.
Não te quero divagando por aí, você sabe que meu colo está sempre disponível para você.



"Eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar, e de você e de mim." - Os cegos do Castelo, Titãs

Apresentação

Sem pieguice hoje, chega disso na minha vida! Aliás, vocês nem sabem da minha vida, perdoem minha falta de educação.

Cheguei ao mundo no dia dois de julho de mil novecentos e noventa e um, dezessete anos nas costas (caso vocês não sejam bons de contas de cabeça como eu), paulistana, adoro jogos onde a raça masculina predomina (com exceção de futebol), gosto de me aventurar em palavras esporadicamente, era pianista, cantar é uma de minhas diversões para irritar as pessoas que gosto e não me abalo com (quase) nada.
Muito prazer, Yara. :)

Acho que passou da hora de dormir, deixa eu ir lá. Não sei o que o amanhã (ou hoje, nvm) me reserva.



"But today the way I play the game is not the same (no way), think I'm gonna get me some happy" - Freedom 90, George Michael

Quando o lado blogueiro desperta...

Não tem como virar para o lado e dormir mais um pouquinho.
Prometo que tentarei não abandoná-lo tão cedo. Que assim seja, amém.

Hasta.